quarta-feira, 12 de setembro de 2007

BRASIL NA PRIMEIRA GUERRA






BRASIL NA GUERRA!

No início do conflito o Brasil procurou ficar neutro, mantendo uma posição de equilíbrio entre as grandes potências, segundo a política externa de Getúlio Vargas. No entanto, com o ataque japonês a Pearl Harbor no final de 1941 e as pressões que vinha sofrendo por parte dos Aliados para que se definisse a seu favor, o governo brasileiro rompeu relações com o Eixo no começo de 1942. Em agosto desse ano, em vista do torpedeamento de cinco navios brasileiros por submarinos alemães, nosso governo decidiu, no dia 22, declarar-se em estado de beligerância contra a Alemanha e a Itália.
A 23 de novembro de 1943 foi então criada a Força Expedicionária Brasileira, englobando a recém-criada 1a Divisão Expedicionária e elementos do Corpo de Exército e dos Serviços Gerais, num total de 25.334 homens, comandados pelo General-de-Divisão João Baptista Mascarenhas de Morais.
Depois de meses de preparativos, os transportes para a Itália deram-se entre 2 de julho de 1944 e 8 de fevereiro de 1945. Juntamente com a FEB seguiu o 1o Grupo de Caças, esquadrão aéreo composto de 42 oficiais e pilotos e 400 homens de apoio, equipados com 28 aviões P-47 Thunderbolt.
Desembarcadas em Nápoles, as tropas brasileiras seguiram depois para a região de Pisa, na província de Toscana, centro-norte do país, onde iniciaram suas operações de guerra. Dali se concentraram na região dos Apeninos, entre os rios Arno e Pó (províncias de Toscana e Emília), estendendo-se as operações, mais tarde, até o Piemonte, no norte da península.
A 5 de agosto de 1944 o 1o escalão da FEB é incorporado ao 5o Exército americano, comandado pelo General Mark Clark. Decidiu-se que a nossa Força Expedicionária (Grupamento Tático) ficaria agregrada ao 4o Corpo de Exército, com exceção do Q-G Divisionário, ficando o comando do grupamento, do General Zenóbio da Costa, subordinado ao daquele Corpo de Exército a 13 de setembro de 1944.
Em 16 de setembro o Destacamento da FEB (Grupamento Tático) deslocou-se de Vada a Vecchiano, tomando posse da linha Monte Comunale-Il Monte. Aí se dão as primeiras vitórias brasileiras, com a ocupação de Massarosa e Bozzano. A 18 o General Zenóbio decidiu ocupar Camaiore. Dali lançou-se todo o contingente à conquista das elevações que dominam a rodovia La Rena-Gattoria. Assim conseguiu o destacamento cerrar os prováveis postos avançados do sistema defensivo dos Apeninos, a linha Gótica. A 26 de setembro o General Zenóbio, num avanço de 18 km, resolve atacar as posições inimigas em Monte Prano.
Em 28 de setembro o 4o Corpo de Exército ordena ao General Zenóbio que prossiga até Castelnuovo di Garfagnana, pelo vale do rio Sachio. Porém, com a ocupação das localidades de Fornaci e Coreglia Antelminelli e a captura de uma fábrica de munições e acessórios para aviões, aquela ordem foi suspensa.
Em outubro de 1944 o General Dutra visita o teatro de operações da Itália e recebe a direção temporária do 6o Corpo de Exército Provisional, composto do Destacamento FEB e de um grupamento tático americano, a Task Force 45.
A 30 de outubro os brasileiros conquistaram La Rochette, Lama di Sotto, Lama de Sopra, Prodescello, Pian de los Rios, Colle e o monte San Quirico. Esse avanço encerra a primeira parte da operação relativa a Castelnuovo de Garfagnana, chegando-se a 4 quilômetros da posição inimiga. Nesse mesmo dia o General Mark Clark reúne todos os comandantes de tropas em seu QG de Passo de la Futa. Então, a 1a Divisão de Infantaria Expedicionária é incorporada ao 4o Corpo de Exército, substituindo os exaustos elementos da 1a Divisão Blindada americana.
No dia 21 de fevereiro de 1945, depois de uma série de marchas e contramarchas, com vitórias parciais e derrotas, a 10a Divisão de Montanha, recentemente chegada, apoderou-se de Monte Belvedere, ao passo que a 1a DIE lançava nova investida sobre Monte Castelo, capturando-o. Aos poucos, a 10a Divisão de Montanha conquista o monte Della Toraccia, graças à tomada de La Serra pela 1a DIE. A 5 de março de 1945 são conquistados , por fim, os montes Della Castellana e de Castelnuovo, possibilitando a abertura da estrada Porreta Terme-Marano ao tráfego aliado.
Tendo em vista completar a ruptura da linha inimiga a oeste do rio Reno, em 16 de abril a 10a Divisão e a 1a Divisão Blindada apoderam-se das regiões de Vergato e Tole, chegando ao vale do Pó. No dia 21 as tropas brasileiras apoderam-se ainda de Montese e depois Montello e Zocca. A partir daí coube ao 4o Corpo de Exército cerrar sobre o vale do Pó. Em 28 de abril os brasileiros intimaram a 148a Divisão de Infantaria alemã a se render em Fornovo, aprisionando 14.779 soldados inimigos.
No fim de abril, com os Aliados rompendo todas as linhas inimigas, vem a derrocada final dos alemães na Itália. A 1a DIE ocupa então as localidades de Piacenza e Alessandria, enquanto a 1a Divisão Blindada toma Novara e segue para Turim, onde o 75o Corpo de Exército alemão, comandado pelo General Joseph Pemsel, se rende. A última etapa da jornada, a 2 de maio, culminou na ligação do Grupamento 11, brasileiro, com a 27a DI francesa em Susa, próximo à fronteira francesa.
Em 29 de abril chegavam emissários dos generais alemães Vietinghoff-Scheel e Wolff, levando os termos da rendição. Finalmente, a 2 de maio de 1945, em Florença, é assinada a capitulação incondicional dos alemães pelo General von Senger und Etterlin e o General Mark Clark.

sábado, 8 de setembro de 2007

O Fim!

A imagem acima é o mapa da europa após a primeira guerra; A imagem ao lado é de uma composição de um soldado Wilfred Owen (foto), morto uma semana antes do fim da Primeira Guerra Mundial, mostra-nos A imagem ao lado é de uma composição de um soldado Wilfred Owen (foto), morto uma semana antes do fim da Primeira Guerra Mundial, mostra-nos através dos versos acima que até na violência de uma arma de artilharia pesada é possível encontrar a poesia... Tão histórico é o seu soneto quão belo é o recado que ele dá para a guerra, na chave de ouro da composição: "Que Deus a condene e a remova de nossa alma"...através dos versos acima que até na violência de uma arma de artilharia pesada é possível encontrar a poesia... Tão histórico é o seu soneto quão belo é o recado que ele dá para a guerra, na chave de ouro da composição: "Que Deus a condene e a remova de nossa alma"...; E por fim, a imagem abaixo é de um desfile das unidades SS (força de elite da Alemanha Nazista), no fim da guerra.



As Conseqüências!

Influências da guerra para o Brasil: A primeira guerra representa para a industrialização brasileira um momento de desenvolvimento acelerado. Por ser o Brasil geograficamente complexo, com suas unidades distantes e pobres, representava um mercado interno incipiente. Somente através das medidas fiscais e protecionistas de certos governos, pode-se localizar uma indústria caseira nos fins do século XIX e início do XX. Com a Guerra dificultam-se as importações de produtos, incentivando-se o surgimento de novos ramos industriais. Por ser este um processo de transformação das estruturas de certas zonas geográficas é um processo lento. Esta expansão é liderada pelas regiões Sul e Leste, por serem ricas e variadas climaticamente.
Conseqüências gerais: Considerando-se humilhados pelo Tratado de Versalhes, os alemães passara a nutrir um ódio sobretudo a França, e os países que o derrotaram. A primeira guerra trouxe outras conseqüências como: - declínio da Europa, que foi duramente atingida pelo conflito - ascensão dos Estados Unidos, que a partir de então tornaram-se uma das grandes potências; - intensificação dos problemas que contribuíram para a implantação do socialismo na Rússia; - aparecimento de regimes políticos autoritários, como o nazismo e fascismo.

Tecnologia: A Primeira Guerra Mundial foi uma mistura de tecnologia do século XX com tácticas do século XIX.
Muitos dos combates durante a guerra envolveram a
guerra das trincheiras, onde milhares de soldados por vezes morriam só para ganhar um metro de terra. Muitas das batalhas mais sangrentas da história ocorreram durante a Primeira Guerra Mundial. Tais batalhas incluiam Ypres, Vimy Ridge, Marne, Cambrai, Somme, Verdun, e de Gallipoli. A artilharia foi a responsável pelo maior número de baixas durante a guerra.
Neste conflito estiveram envolvidos cerca de 65 milhões de soldados e destacaram-se algumas figuras militares, como o estrategia da
Batalha de Marne, o general francês Joffre, o general Ferdinand Foch, também da mesma nacionalidade, que veio a assumir o controle das forças aliadas, o general alemão Von Klück, que esteve às portas de Paris, general britânico John French, comandante do Corpo Expedicionário Britânico e o comandante otomano Kemal Ataturk, vencedor na Batalha de Gallipoli contra a Inglaterra e o ANZAC (Austrália e Nova Zelândia).
A
guerra química e o bombardeamento aéreo foram utilizados pela primeira vez em massa na Primeira Guerra Mundial. Ambos tinham sido tornados ilegais após a Convenção Hague de 1907.
Os aviões foram utilizados pela primeira vez com
fins militares durante a Primeira Guerra Mundial. Inicialmente a sua utilização consistia principalmente em missões de reconhecimento, embora tenha depois se expandido para ataque ar-terra e atividades ar-ar, como caças. Foram desenvolvidos bombardeiros estratégicos principalmente pelos alemães e pelos britânicos, já tendo os alemães utilizado Zeppelins para bombardeamento aéreo.

Tratado de Versalhes

Após a rendição, o governo da Alemanha foi obrigado a aceitar uma série de penalidades impostas pelas nações vitoriosas. Estas penalidades estavam contidas no Tratado de Versalhes. Por esse tratado, a Alemanha foi responsabilizada pela guerra e, em conseqüência, obrigada a aceitar as seguintes penalidades:* ceder partes de seu território à França (Alsácia e Lorena), à Bélgica, à Polônia e à Dinamarca; suas colônias foram divididas entre a Inglaterra, o Japão, a Austrália, a França, a Bélgica e a Nova Zelândia;* entregar material bélico e de transporte aos países vencedores;* ceder a região do Sarre, rica em minas de carvão, à França por quinze anos;* pagar uma pesada indenização aos vencedores;* ficou proibida de rearmar-se. Em razão dessas e outras mudanças provocadas pela guerra, o mapa da Europa foi redesenhado. Além das alterações previstas no Tratado de Versalhes, outros acordos redefiniram as fronteiras européias; com isso diversas regiões ganharam autonomia, como a Polônia, a Tchecoslováquia e a Iugoslávia. Abaixo temos um mapa do tratado de versalhes:

Fases!

Primeira Fase: (1914). Esse período caracterizou-se por movimentos rápidos envolvendo grandes exércitos. Certo de que venceria a guerra em pouco tempo, o exército alemão invadiu a Bélgica, e , depois de suplantá-la, penetrou no território francês até as proximidades de Paris. Os franceses contra-atacaram e, na Primeira Batalha do Marne, em setembro de 1914, conseguiram deter o avanço alemão.


Segunda Fase: (1915-1916) Na frente ocidental, essa fase foi marcada pela guerra de trincheiras: os exércitos defendiam suas posições utilizando-se de uma extensa rede de trincheiras que eles próprios cavavam. Enquanto isso, na frente oriental, o exército alemão impunha sucessivas derrotas ao mal-treinado e muito mal-armado exército russo. Apesar disso, entretanto, não teve fôlego para conquistar a Rússia. Em 1915, a Itália, que até então se mantivera neutra, traiu a aliança que fizera com a Alemanha e entrou na guerra ao lado da Tríplice Entente. Ao mesmo tempo que foi se alastrando, o conflito tornou-se cada vez mais trágico. Novas armas, como o canhão de tiro rápido, o gás venenoso, o lança-chamas, o avião e o submarino, faziam um número crescente de vítimas.

Terceira fase: (1917-1918). Em 1917, primeiro ano dessa nova fase, ocorreram dois fatos decisivos para o desfecho da guerra: a entrada dos Estados Unidos no conflito e a saída da Rússia. Os Estados Unidos entraram na guerra ao lado da Inglaterra e da França. Esse apoio tem uma explicação simples: os americanos tinham feitos grandes investimentos nesses países e queriam assegurar o seu retorno. Outras nações também se envolveram na guerra. Turquia e Bulgária juntaram-se à Tríplice Aliança, enquanto Japão, Portugal, Romênia, Grécia, Brasil, Canadá e Argentina colocaram-se ao lado da Entente. A saída da Rússia da guerra está relacionada à revolução socialista ocorrida em seu território no final de 1917. O novo governo alegou que a guerra era imperialista e que o seu país tinha muitos problemas internos para resolver. A Alemanha, então, jogou sua última cartada, avançando sobre a França antes da chegado dos norte-americanos à Europa. Entretanto, os alemães foram novamente detidos na Segunda Batalha do Marne e forçados a recuar. A partir desse recuo, os países da Entente foram impondo sucessivas derrotas aos seus inimigos. A Alemanha ainda resistia quando foi sacudida por uma rebelião interna, que forçou o imperador Guilherme II a abdicar em 9 de novembro de 1918. Assumindo o poder imediatamente, o novo governo alemão substituiu a Monarquia pela República. Dois dias depois rendeu-se, assinando um documento que declarava a guerra terminada.




O mapa ao lado mostra as áreas de combates, tanto na frente ocidental como na oriental, e nos dois casos percebe-se o avanço das tropas alemãs, que na frente ocidental invadiu a Bélgica e posteriromente a França, que pretendia derrotar rapidamente. Apesar de as tropas alemãs terem se aproximado de Paris, foram derrotas na Batalha do Marne (de 5 a 10 de setembroNote que a Itália aparece junto a Entente.

Introdução

A primeira guerra mundial ocorreu entre Agosto de 1914 a Novembro de 1918. A guerra ocorreu entre a Tríplice Entente (liderada pelo Império Britânico, França, Império Russo (até 1917) e Estados Unidos (a partir de 1917) que derrotou a Tríplice Aliança (liderada pelo Império Alemão, Império Austro-Húngaro e Império Turco-Otomano). A guerra causou o colapso de quatro impérios e mudou de forma radical o mapa geo-político da Europa e do Médio Oriente.

Muitos dos combates na Primeira Guerra Mundial ocorreram nas frentes ocidentais, em trincheiras e fortificações (separadas pelas "Terras de Ninguém", que era o espaço entre cada trincheira, onde vários cadáveres ficavam a espera do recolhimento) do Mar do Norte até a Suíça. As batalhas se davam em invasões dinâmicas, em confrontos no mar, e pela primeira vez na história, no ar. Mais de 9 milhões de soldados morreram nos campos de batalha. Na Primeira Guerra Mundial apenas 5% das vítimas foram civis - na Segunda Guerra Mundial, esse número cresceu para aproximadamente 60% a mais do que era.
A Primeira Guerra Mundial rompeu definitivamente com a antiga ordem mundial criada após as
Guerras Napoleônicas, marcando a derrubada do absolutismo monárquico na Europa. Três impérios europeus foram destruídos e conseqüentemente desmembrados: Alemão, o Austro-Húngaro e o Russo. Nos Bálcãs e no Médio Oriente o mesmo ocorreu com o Império Turco-Otomano. Dinastias imperiais européias como as das famílas Habsburgos, Romanov e Hohenzollern, que vinham dominando politicamente a Europa e cujo poder tinha raízes nas Cruzadas, também caíram durante os quatro anos de guerra.